AO MEU ENCONTRO
Ensurdeço aos ruídos externos.
Recuso chamamentos de perturbados
que querem me ensinar seus caminhos.
Que caminhos?
Que eles próprios desconhecem?
Que trilham sem saber para onde vão,
sem serem donos dos próprios passos!
Não creio mais em encenações rasteiras
de falsos heroísmos pelos desafortunados,
de patriotismos chulos
que alçam ao poder tiranos moribundos
e religiosismos sem um pingo de humanismo.
Deixem que eu busque a mim
nas minhas palavras sem pretensão,
no silenciamento voluntário da minha voz,
que só quer aprender por si.
E compartilhar suas impressões.
Que não quer liderar nada.
Ensinar nada.
Nada.