LETRAS MORTAS NO PORÃO

 

LETRAS MORTAS NO PORÃO

Houve um tempo em que letras

eram soterradas a sete palmos do chão.

Junto a corpos dizimados

pela ignorância de fuzil na mão.

Letras sem fala, sem grafia.

Esmagadas por coturnos

em um país soturno.

Nas ruas, o carnaval passava

enquanto a vida sem plenitude agonizava.

Mas ninguém notou.

Ninguém viu.

E uns ainda clamam,

renunciando à própria palavra,

por esse carnaval sombrio.

Todas as personagens, cenários e enredos pertencem à autora. É proibida a utilização deles sem prévio consentimento. Prerrogativas preservadas pela Lei de Direitos Autorais número 9.610/98.
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NEIVA

NEIVA

Biografia da autora

Sou livre pensadora e gosto de escrever.
Tenho curiosidade por tudo o que é imaterial e permeia a vida
humana na Terra e em outras dimensões.
Tenho formação na área do Direito, mas prefiro trafegar por vias
transversas e imprecisas.
Gosto de quem gosta de ideias e está se esforçando para ampliar sua
consciência como ser humano.