LIMIAR
No limiar
entre o ciclo que chega
e o que se vai,
reluto.
Temo e quero o que não conheço ainda.
Em vão retenho o que sei que já não posso ter.
Entre o passo que me detém
e o que quer correr,
me debato.
Peito meu medo
cuspindo o sangue pisado
de hematomas provocados
e tombos confessos.
Do que já não me serve,
me despeço.
Neiva Chemite